Sim. Quem me acompanha sabe que já escrevi um artigo com um título parecido: “2014 vem aí”. Isso foi em junho de 2023, com publicação na Revista Destaque naquele mês e ano.
Dizia eu , contextualizando o período em que faltava um ano para as convenções partidárias para definições de candidaturas para aquela eleição estadual que “é inevitável que o assunto vire pauta principal de todos os noticiosos e da boca-miúda das ruas, de Cabedelo a Cajazeiras e – mais para perto de nós – de Uiraúna a Bonito de Santa Fé”.
Aquela era uma pré-campanha em nível estadual, com a disputa pelo Palácio da Redenção.
Como temos eleições de dois em dois anos e, tendo passados dez, chegamos a mais uma pré-eleição municipal.
Sabemos que cada eleição está atrelada à anterior e à futura. É nesse período antecipado de mais ou menos um ano para o pleito em si, quando cada eleitor vai para a sua ação solitária e individual de votar, que começam de fato as articulações, conchavos, acordos, promessas, cobranças entre os agentes políticos, mandatários ou não, “raposas velhas” ou estreantes, de todas as ideologias, matizes ou interesses.
Do maior ao menor município, o jogo político é o mesmo.
Tudo passa pela busca pelo poder e não pelos interesses da coletividade, como deveria ser.
Uma verdadeira fogueira de vaidades, alguém poderia dizer. E todos calçam a “sandália da humildade” para tentar cooptar o eleitor, convencendo-o de todas as suas qualidades e boas intenções e jogando-o contra os opositores.
“No meio da guerra de interesses, num verdadeiro fogo cruzado, o pobre e mortal eleitor sem escola, sem saúde, sem moradia, sem segurança, sem assistência digna e que, na sua grande maioria, não faz a menor ideia do que acontece nos bastidores de uma campanha política majoritária e proporcional e continua votando, fragilizado socialmente, submetendo-se, muitas vezes, a “mimos” e candidatos inescrupulosos e aliados espertalhões”.
Disse isso há dez anos e não me parece ter perdido a atualidade. Talvez com menos intensidade graças, hoje, ao poder das redes sociais, bem mais fortes e acessíveis à população.
Enfim, que venha 2024 e a esperança de o eleitor de cada paraibano e sertanejo consiga discernir o que será melhor para o seu município para o quadriênio 2025/2028.