Luís Inácio Lula da Silva derrotou Jair Bolsonaro no ano passado, numa eleição histórica para a consolidação da democracia brasileira. Logo depois, bolsonaristas empedernidos se postaram à frente de quarteis em todo o país, esperando o milagre da eleição anulada. Não acontecendo isso, invadiram Brasília e tentaram um golpe contra as instituições, no dia 8 de janeiro. Com o golpe frustrado, o país voltou ao normal, com as instituições funcionando e os (ir)responsáveis respondendo na Justiça os excessos cometidos.
Enquanto isso, o presidente Lula começou a governar. Com mais acertos que erros, recolocou o Brasil nos trilhos da democracia e retomou o desenvolvimento estagnado nos últimos anos. Parecia que, enfim, tudo tinha voltado ao normal. Mas como misturar água e óleo? Como pensar na paz entre grupos que só se realizam na guerra?
O que estamos vendo hoje é que o conflito entre lulistas e bolsonaristas se transferiu da esfera política brasileira para o cenário internacional. Ucrânia, Rússia, Israel, Palestina, Argentina… Não importa o país, mas sim que ambos os grupos marquem posição de que estão em lados opostos. Quem participa de grupos de WhatsApps sabe que a “guerra” entre os grupos continua mais viva e forte que nunca. Nessa briga insana não escapam nem Jesus (ora palestino, ora judeu, a depender de quem está defendendo quem) ou a personagem Mafalda, do genial argentino Quino.
Para os bolsonaristas, até entendo, porque com seu líder maior impedido de ser candidato nas próximas eleições, por conta de sua inelegibilidade decretada pela Justiça Eleitoral, não há muito o que fazer no Brasil. Para os lulistas, acho até inocência entrar nesse jogo e ficar guerreando em redes sociais e grupos de zap com bolsonaristas por conta da política internacional. Minha mãe costumava dizer que quando um não quer, dois não brigam. O problema aqui é que os dois querem!