O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) Vinícius Marques de Carvalho afirmou nesta sexta-feira (22) que cerca de R$ 2 bilhões foram pagos indevidamente a partir dos auxílios Taxista e Caminhoneiro, benefícios contidos dentro do extinto Programa Auxílio Brasil. De acordo com a CGU, 78% das pessoas que receberam o benefício não teriam direto ao auxílio. O órgão vai encaminhar o relatório com as irregularidades para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e monitorar os desdobramentos junto à Caixa para apurar irresponsabilidades, possíveis desvios de recursos e abuso de poder político durante as eleições.
A irregularidade foi indicada em relatório, resultado de uma auditoria feita pela CGU. No documento, foram listados dois pontos de atenção pela Controladoria.
O primeiro, o dos pagamentos irregulares a partir dos auxílios. Segundo o ministro da CGU, o pagamento foi feito para pessoas que não atendiam aos critérios do programa social. Um dos exemplos dado pelo ministro, foi o de um auxílio caminhoneiro concedido a uma pessoa que sequer tinha carteira de motorista.
Os pagamentos indevidos ainda teriam sido feitos entre agosto e outubro, período do segundo turno das eleições de 2022. Somente nesse intervalo foram pagos 84% de todo o valor disponibilizado para os auxílios no ano passado.
“Um programa criado a toque de caixa, onde 78% das pessoas que recebem não deveriam receber. Com base em qual critério de política, de coerência e fundamento você faz algo assim? No mínimo, não se preocupou em exigir as informações mínimas como carteira de habilitação para quem vai receber Auxílio Taxista”, indicou o ministro.
Fonte: R7