O consumo de carne bovina pelos brasileiros voltou a aumentar em 2023. De acordo com o boletim de outubro de oferta e demanda da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a disponibilidade per capita da proteína deve chegar a 31,4 quilos por habitante neste ano, após cinco anos de queda. A alta, de 11,3% em relação a 2022, retoma o volume do período pré-pandemia.
Entre os motivos para a alta do consumo em 2023 estão a maior oferta de carnes no mercado interno, a ligeira queda nas exportações e o alívio da inflação.
Enquanto o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro registrou avanço de 0,26%, a carne teve queda pelo nono mês consecutivo, de 2,1%.
Para a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), o consumo de proteínas foi favorecido pela maior oferta no mercado interno e pela melhora da renda dos consumidores.
De janeiro a setembro de 2023, em %:
• carnes em geral: -11,55;
• fígado: -14,47;
• cupim: -4,82;
• contrafilé: -13,85;
• filé-mignon: -16,17;
• alcatra: -14,58;
• patinho: -11,30;
• lagarto redondo: -8,51;
• lagarto comum: -11,11;
• músculo: -10,09;
• pá: -12,53;
• acém: -12,61;
• peito: -9,25;
• capa de filé: -11,74;
• costela: -11,89;
• picanha: -13,53.
Fonte: IPCA de setembro
Somados os três principais tipos de proteína animal consumidos pelos brasileiros — a bovina, a suína e a de frango —, o consumo atingirá 102,6 quilos por habitante ao ano — o segundo maior índice já registrado, inferior apenas ao de 2013.
De acordo com os dados da Conab, nos últimos anos o consumo de carne bovina despencou no país. Em 2018, cada brasileiro comeu, em média, 35,5 quilos de carne.
No ano seguinte, o consumo médio foi de 32,2 quilos. Em 2020 e 2021, ficou estabilizado em um pouco mais de 29 quilos. E, no ano passado, recuou para 28,2 quilos por habitante.
Fonte: R7