Um crime que abalou a cidade de Cajazeiras e que está prestes a completar 20 anos continua envolto em mistérios e, consequentemente, sem solução e sem ninguém ser punido.
Trata-se da chacina dos adolescentes Demétrius Cavalcante Silva, 17 anos, Cícero Roberto da Silva Sousa, 16 anos, e José Filho Alves Ribeiro, 14 anos, assassinados no dia 9 de maio de 2004, após serem vistos pela última em uma festa de rua na vizinha cidade de São José de Piranhas.
Era o Dia das Mães daquele ano e as famílias não poderiam receber notícia mais triste.
De lá para cá, muitas investigações foram realizadas por parte da Polícia Civil, mas nada de concreto se apurou sobre a chacina. Os corpos dos jovens encontrados por populares no Sítio Favela, no município de Ipaumirim (CE).
Segundo a perícia feita no local, eles foram atingidos com tiros nas cabeças o que pode denotar crime de execução, sem qualquer direito de defesa das vítimas.
Para Marcos Sandro Nazaré de Lira que, à época, respondia pela Delegacia de Polícia Civil da cidade do Icó (CE), e que realizou as primeiras investigações, a possibilidade era de que os jovens haviam sido mortos ainda na Paraíba e “desovados” naquele lugar.
Desde então, o Ministério Público fez várias denúncias e o Tribunal do Júri chegou até a realizar um julgamento, tendo o réu sido absolvido.
O fato é que o crime continua sem solução e as famílias e a sociedade cajazeirense continuam clamando por justiça, em nome dos três meninos, brutal e covardemente assassinados à sangue frio.